sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

PARA COMEÇAR A PENSAR A LOUCURA

Ao invés de falar de "subjetividade",  falamos de "modo de subjetivação".  Por que? Em 1º lugar, para tentar livrar a subjetividade de uma   visão do euzinho privado  visão  narcísica    calcada na "pessoa",  tipo "interior psíquico",   "mundo interno", "alma" e  outros termos similares. Em 2º para  lhe dar um caráter dinâmico, de  força,  movimento,  devir, e   de uma inserção no tempo do mundo,   fora, pois,  de uma suposta natureza sem tempo (estagnada). Em 3º para conectá-la à Realidade da Vida, ou ao ambiente, ou ao real social, ou à política, à cultura, ao econômico, etc, e daí  concebê-la  como  "algo"  produzido de fora. Por fim, em 4 º , mas não menos importante, o conceito de modo de subjetivação abrange desde o sistema límbico  às condições menos visíveis, ou invisíveis, ou instáveis, longe do equilíbrio ( Prigogine ) dos sistemas da mente,  como, por exemplo,  as variáveis espirituais. Estes 4 ítens podem ser multiplicados por "n" fatores, desde que se  considere a condição humana como  estando descentrada em relação a  essência do ser humano, sua  humanidade transcendente concretizada no ideário humanista, aliás,  muito apreciado pelo pensamento ocidental cristão. Diante disso,  o que seria a loucura?

Antonio Moura

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