terça-feira, 11 de dezembro de 2012

FABRICAÇÃO DO ROSTO

(...) (...) A clínica psicopatológica tornou-se a clínica psicofarmacológica. Isso não é um mal em si, mas um fato da cultura médica que incide sobre o trabalho com o paciente. Em termos  empíricos, o próprio paciente torna-se um produto de forças institucionais; elas  fabricam a clínica e por extensão o paciente. Tais forças  se explicitam na  psiquiatria,  são a  psiquiatria. No espaço do atendimento, do exame, do encontro com o paciente, elas se concretizam como rostidade  farmacológica.  É um regime de aparência corporal,  semiótica, que traça uma  linha terapêutica antes mesmo de começar o tratamento. As psicoses,  por excelência,  são  objeto desse processo  de  rostificação
(...)
A.M.

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