quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

QUESTÃO DE MÉTODO

(..) (...) O  nosso  problema é o conceito  de subjetividade fabricado em meio a um conjunto de nomes da  clínica  que a psiquiatria entronizou como sendo  “A  clínica  dos  transtornos mentais”.  Ela começa com as condutas socialmente inadequadas, o que se consuma no diagnóstico (impreciso) de psicose, mas se expande, incluindo até mesmo quadros não psicóticos. Sua ambição é abarcar a  gama das condutas  humanas num sistema  classificatório. É uma clínica estagnada no ponto em que o cérebro estabelece limites anátomo-fisiológicos (e estruturais)  ao  pesquisador.  Entretanto, como no caso dos afetos. precisamos de uma máquina teórica que  capte a  velocidade do universo subjetivo, traga respostas do que se passa na Vivência. E que não se reduza às  cintilações fisico-químicas do organismo, nem mesmo ao imaginário do eu ou às  regras de conduta na sociedade. Buscamos outra coisa. Para que isso seja possível, é necessário considerar o processo  de produção  desejante em  situações  concretas.
(...)
A.M.

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