sábado, 1 de dezembro de 2012

VIOLÊNCIA DOS SIGNOS

(...) (...) A experiência de  ensinar é antes a experiência de aprender com os signos. Antecedendo à  partição significante-significado, o signo procede a uma  violência constitutiva dessa experiência. Forçar a pensar, como diz Deleuze, é criar um campo tanto mais rico na emissão de signos. A função de professor dobra-se e desdobra-se na sua presença-ausência, descolando-se dos conteúdos e fazendo destes o móvel das práticas do pensar. A subjetivação deixa de ser centrada numa pessoa, seja a do professor, seja a do aluno, e constitui-se como ato de pensar por fragmentos do real.  Um pensar estilhaçado, atravessando campos do saber,  tal como um pássaro  bicando aqui e acolá os materiais necessários à produção de conceitos. 
(...)
A.M.

Nenhum comentário:

Postar um comentário