CALAMIDADE
O Conselho Federal de Medicina divulgou alerta no dia em que o Estado decretou calamidade pública. “Não há condições de atender nem a população”, diz presidente
A maior ameaça à Olimpíada, pelo menos na área da saúde, não é a novidade do vírus zika, como pensam especialistas estrangeiros que pediram o adiamento do evento. É o velho problema da falta de estrutura. O Conselho Federal de Medicina (CFM), entidade que regula a prática médica no país, divulgou hoje (17) um alerta sobre a precariedade do sistema de saúde do Rio de Janeiro para atender os turistas que virão à Olimpíada, que começa em 5 de agosto. O aviso público foi feito no mesmo dia em que o governo do Rio de Janeiro decretou estado de calamidade pública por causa da crise financeira do Estado. No decreto, o governo afirmou que a situação financeira “vem impedindo o Estado de honrar com seus compromissos para realização dos Jogos Olímpicos”.
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Em entrevista a ÉPOCA, o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, afirmou que o sistema de saúde do Rio de Janeiro não tem condições de oferecer atendimento médico aos turistas. “Não há condições de atender nem à população do próprio Estado”, afirma Corrêa Lima. As medidas já anunciadas pelo Ministério da Saúde e pelo governo estadual do Rio “ reserva de leitos e mais ambulâncias ” também seriam insuficientes. “Essas pessoas que virão de fora terão de recorrer aos serviços privados, que também têm a sua dificuldade”, diz Corrêa Lima. A população será ainda mais prejudicada com as reservas de leito porque a estrutura existente já é insuficiente para atender a demanda que existe.
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Época, 17/06/2016,19:53 hs
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