A REPÚBLICA NUA
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Depois de esfarelar o PT e seus satélites, a Lava Jato expõe o apodrecimento do PMDB na pior hora para Temer. O partido entra em fase de putrefação justamente no instante em que seu governo deveria florescer. O substituto constitucional de Dilma programara-se para bater bumbo em torno do que considera ser os principais feitos do seu governo até aqui: a normalização das relações com o Congresso e a retomada da confiança dos agentes econômicos.
Mas a delação de Machado fez tudo parecer supérfluo. Sobretudo depois que ficou boiando no ar a impressão de que Temer não tem condições pessoais e políticas de se dissociar do pedaço podre da legenda que preside há 15 anos. Logo, logo não será possível notar mais nada de tanto que vai existir o PMDB de Renan, Cunha, Jucá e Sarney. Vêm aí a conta suíça de Henrique Alves, o penúltimo ministro de Temer a cair; e a delação de Fábio Cleto, um operador de propinas que Eduardo Cunha acomodara numa vice-presidência da Caixa Econômica Federal. Para que a semelhança com Dilma se aproxime da perfeição, só falta Temer pronunciar uma frase: “Eu não sabia”.
Do Blog do Josias de Souza, 18/06/2016,04:46 hs
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