MIL SEXOS
(...) (...) uma transexualidade microscópica em toda parte, que
faz com que a mulher contenha tantos homens quanto o homem,
e o homem mulheres, capazes de entrar, uns com os outros, umas
com as outras, em relações de produção de desejo que subvertem
a ordem estatística dos sexos. Fazer amor não é fazer só um, nem
mesmo dois, mas cem mil. Eis o que são as máquinas desejantes
ou o sexo não humano: não um, nem mesmo dois, mas n sexos. A
esquizoanálise é a análise variável dos n sexos num sujeito, para
além da representação antropomórfica que a sociedade lhe impõe
e que ele mesmo atribui à sua própria sexualidade. A fórmula esquizoanalítica
da revolução desejante será primeiramente esta: a
cada um, seus sexos.
(...)
G. Deleuze e F. Guattari in O anti-édipo
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