OI, TUDO BEM?
A Oi, uma das maiores operadoras de telecomunicações do país, entrou na segunda-feira (20) com um pedido de recuperação judicial, que inclui dívidas de R$ 65,4 bilhões. O pedido, maior da história do Brasil, ocorreu após fracasso de negociação entre os acionistas e os credores da empresa. Um juiz agora vai analisar a solicitação da Oi.
É uma consequência desastrosa para um dos símbolos da política de "campeões nacionais" patrocinada pelos governos Lula e Dilma. A crença de que o governo, entrando como um sócio, dando dinheiro barato e outros privilégios permitiria a formação de grandes empresas para liderar o capitalismo brasileiro. A Oi é só mais um exemplo do fracasso da política petista que, entre outras consequências, culminou num enorme prejuízo para o bolso dos contribuintes brasileiros.
A Oi é fruto da privatização da antiga Telebras, ocorrida em 1998, com um modelo concebido pelo então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. A estatal foi desmembrada em 12 empresas. Uma delas, a Tele Norte Leste, virou a Telemar (atual Oi). A operadora era formada pela Telerj e por outras 15 companhias das regiões Sudeste e Nordeste, com atuação em 64% do território nacional. Em apenas um dia, o governo federal arrecadou R$ 22 bilhões com os leilões.
A partir da privatização, a Oi contou com uma trajetória bastante instável, sobretudo do ponto de vista de sua gestão financeira. Apostou em aquisições e fusões bastante questionáveis e trocou mais de dez vezes de presidente. Confira algumas passagens que mostram como a empresa passou de "Supertele" para ruína do setor de telecomunicações:
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Paula Soprana e Bruno Ferrari, Época, 21/06/2016,22:01 hs
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