sexta-feira, 14 de outubro de 2016

CONTRA O EU

Se você quer criticar a psiquiatria e seus métodos, considere sobretudo o diagnóstico. É nesse enunciado (ou na sua proliferação desenfreada) que se concentra a um tempo, a enorme fragilidade epistemológica e o poder institucional que encobre tal fragilidade. Óbvio que não é fácil um discurso crítico, bem como, mais ainda,a adoção de práticas concretas (não psiquiátricas) que produzam outras clínicas.A explicação é simples: a psiquiatria não está só, ela funciona em alianças e parcerias com formas sociais de há muito cristalizadas em modos de subjetivação (pessoas). Então, o combate se dá sobretudo entre forças psíquicas que nos constituem como atores sociais à serviço do eu.

A.M

Nenhum comentário:

Postar um comentário