sexta-feira, 13 de abril de 2018

Neo-esteticismo

Chegamos ao tempo do corpo,
que nos humilha ou envaidece,
tempo do gesto e da ginástica
da nova tribo, em nova prece

dessa modelo seminua
que desnuda nossa feiúra:

ai de quem não tem medida
de altos apolos, nem as curvas
traiçoeiras dessas dalilas:

hoje, a beleza transitória,
se revezando, faz a História.


Alberto da Cunha Melo

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