O MANEJO DOS PSICOFÁRMACOS EM PSIQUIATRIA CLÍNICA ´- II
O manejo adequado de psicofármacos em psiquiatria é secundário ao uso do diagnóstico. Como não existe o diagnóstico etiológico (causa) nessa especialidade médica, resta o diagnóstico sindrômico (sinais e sintomas). Este tem a função de balizar a avaliação psicopatológica em torno dos sintomas mais relevantes à vivência do paciente. Ora, considerando-se que o remédio químico tem efeitos apenas sobre o sintoma, é pouco inteligente orientar a prescrição para cada sintoma. Essa é uma das origens do uso de vários fármacos, 5, 6, 7, ou até mais. Isso fere um princípio metodológico da farmacoterapia que é o de saber qual substância está atuando no organismo físico-químico. Mas não só. Entorpece o paciente, produzindo efeitos devastadores a nível da subjetividade, tornando-a farmacologizada. Grosso modo, este é o panorama regido pela lógica clínico-manicomial, e que se reproduz acriticamente nos caps, ambulatórios, consultórios, etc.
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