ONDE ESTÃO OS MICROFASCISMOS?
Para que nosso diálogo se estabeleça de forma potente, é preciso ressaltar que o fascismo que nos retratamos não se trata do Fascismo como regime de um Estado Totalitário, que concentra suas forças em uma centralização molar do poder no Estado, ou seja, esta concepção se inscreve no âmbito da segmentaridade dura, na macropolítica.
Porém, não podemos esquecer o fascismo que se capilariza em linhas fluidas, no âmbito das molecularidades e não opera por meio da centralização, mas no campo dos vetores de subjetivação singulares, no âmbito da micropolítica, em um poder que opera diretamente nas minúsculas, nos micros, nas molecularidades (nossas condutas, práticas, discursos, desejos) que nos atravessam em quaisquer relações: família, escola, casamento, clínica e até nos movimentos de resistência.
E por incrível que pareça as militâncias, os movimentos de resistência, o que há de pulsante e revolucionário estão sucumbindo às frutas podres do microfascismo que se propaga em vias, capilarizações no cenário da biopolítica contemporânea.
Não é raro observarmos dentro do movimento feminista, negro, lgbt discursos e posturas microfascistas, distorcendo a potência do movimento em nome de uma ideia niilista, totalitária, universalizante e inflexível.
(...)
Monstrx Kuir, 01/02/2016
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