O MANEJO DOS PSICOFÁRMACOS EM PSIQUIATRIA CLÍNICA - V
Na clínica, a melhora obtida pelo uso de psicofármacos necessita ser avaliada em função: 1-da hipótese diagnóstica (síndrome) estabelecida. 2- da vivência do paciente em relação a si e ao mundo.3-da sua produtividade existencial. No primeiro caso, o foco é o alívio ou remissão de um ou mais sintomas. No entanto, isso deve ser reportado ao diagnóstico com o intuito de confirmá-lo ou não. No segundo caso, trata-se de considerar os afetos e as crenças como elementos vivenciais que precedem os sintomas do suposto diagnóstico. Por fim, é preciso avaliar as linhas existenciais de autonomia psíquica frente à patologia e ao mundo em torno (família, trabalho, etc). Usar psicofármacos em psiquiatria clínica discrepa do emprego em outras especialidades. Tudo porque a psicopatologia condensa fatores causais fora do circuito físico-químico do organismo, ao mesmo tempo sem desprezá-lo. Os psicofármacos são, pois, insuficientes para abarcar o contexto da causalidade múltipla. Além disso, podem produzir danos no organismo, caso sejam usados em excesso ou de modo inadequado.
A.M.
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