O QUE É UM GRUPO?
(...) (...)Trata-se, efetivamente, de um grupo? Ora, considerando as práticas “capsianas” em seus aspectos gerais, não é um grupo. Desse modo, se a proposta do trabalho é multidisciplinar, a equipe técnica é um pseudo-grupo. Um grupo trabalha sobre si numa auto-análise incessante enquanto se produz para fora num processo-ato (autogestão). São essas as condições básicas para um conjunto de indivíduos (ou pessoas) se intitular grupo. Portanto, quando falamos em grupo não falamos de uma organização nem tampouco de um dispositivo técnico (equipe) dentro da organização. Todo grupo compõe um corpo não visível, corpo em intensidade, corpo liso que se liga a outros corpos. A consistência grupal torna-se o conjunto das linhas subjetivas que confluem na produção de algo. No caso da equipe técnica, é uma produção de práticas singulares que irão servir ao paciente. Fora desse “projeto” não é grupo, e sim, evento serial de indivíduos. Tal entidade faz com que a equipe técnica dissolva-se. O que fica é uma forma espectral (uma sombra) esperando ordens.
(...)
A.M. - do texto Grupo e caos - incluído no 1º número da revista VENETA, a ser lançada em 15/09/2012 - Vitória da Conquista.
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