sábado, 15 de setembro de 2012

NÃO SE TRATA A EXISTÊNCIA

Desde 1952 nos acostumamos a ver o paciente mental sob o efeito de algum remédio químico. Este se tornou peça indispensável, não só para o tratamento, mas na constituição de uma  subjetividade enferma. Na década de 90 os fármacos avançam e substituem a psicopatologia.  Torna-se um hábito ver o paciente mental como expressão-efeito  da química.  A indústria  produz  o pensar medicamentoso como campo por excelência do desejo. O objetivo maior é o de     manejar os sintomas. Como tudo é sintoma, ou passou a sê-lo, incluindo  o paciente,  o objetivo  de  passar  remédio  tornou-se o de excluir  o pensamento e a  existência.

A.M.
                                  

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