MÁQUINAS DO DESEJO
O desejo maquina entre os corpos e nos corpos. Exposto à luz do dia, mesmo à meia noite, ele é produção incessante, formigamento nem sempre visível ; "o que não tem governo nem nunca terá".Por que a metamorfose?"Ir indo".Uma espécie de gratuidade desejante empurra a existência por e para linhas insólitas.A morte deixa de ser uma coisa, mas o morrer, verbo infinito, impessoal, ainda que se fale de passados ressentidos e/ou futuros impossíveis. Bicho, como desejar? Não é fácil, mesmo que pareça...
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A.M.
Certa vez comentei aqui em resposta à pergunta: "Onde, pois, está o pensamento?" Respondi: "Na arte e vice-versa." Considerei como arte seu conceito amplo, tanto estético quanto a tekné, um estilo,um trabalho, um modo de fazer, que se espraia, inclusive, na política. Portanto, o único lugar em que ele não está é justamente onde a unanimidade acha que ele deveria: a Academia. Mas, como disse Nelson Rodrigues: "Toda unanimidade é burra." Ainda que se critique o projeto acadêmico, insiste-se nisso,com debates,seminários, palestras e afins; e não com trabalho.
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