(...) (...) Tudo é cérebro como origem. Trata-se de um reducionismo fabricado em nome da razão médica. Ao inverso, buscamos detectar afetos sutis que só se expressam (grosseiramente) como depressão, e daí se inscrevem num rebaixamento da vitalidade. Isso pode ser a Depressão como “doença”ou tão apenas uma síndrome ou uma reação depressiva às circunstâncias sócio-metafísicas. De todo modo, o Encontro com os afetos busca a intensidade dos mesmos a partir das condições subjetivas do paciente. Qualquer um pode deprimir à medida em que vivencia a cultura da culpa inscrita na carne. Somos todos cristãos e deprimidos.O paciente traz o humor como um dado que muitas vezes lhe foi inculcado: “sou bipolar”. Trata-se de um processo de subjetivação psiquiátrica que se impõe como verdade diagnóstica. Devires são cortados. O humor hipotímico “evolui” para um grau de vitalidade compatível com a doença psiquiátrica: ausência da vontade de viver. Ora, como recusar o grito desesperado do paciente?
(...)
A.M.
O PENSAMENTO É:
ResponderExcluirO C-O-N-C-R-E-T-O
DOS SERES INVISÍVEIS
INVISÍVEIS E...
ResponderExcluirACRESCENTO:
I-N-E-S-C-A-P-Á-V-E-I-S!!!
Nesse sentido, há pensamento quando o Herbert canta: http://www.youtube.com/watch?v=nYbtPr5K8gM . Melodia, harmonia e a letra conjugam um pensamento traduzido em música. E, mesmo a música instrumental, conta uma história. Nesse sentido, o que seria a depressão senão uma abolição do pensamento? Falar sobre isso nos moldes acadêmicos é, em si mesmo, depressivo.
ResponderExcluirPor que? Pessoas sairão INSTRUÍDAS sobre o que é a depressão? Tirarão suas dúvidas? Levantarão dúvidas? Irão se expor? Ainda estou sendo otimista, porque presumo uma inquietude participativa raríssima de se encontrar atualmente. No sentido pessimista, pode ser que somente um grupo fale, de alunos, professores e interessados. Ainda assim, nos dois sentidos, seja pessimista ou otimista, não houve nada, no sentido nietzschiano, absolutamente nada. Nada se passou. Nada aconteceu.
ResponderExcluirIsto é, esclareça-se: nada no campo do pensamento.
ResponderExcluirObserve que a questão não reside no fato de fazer parte ou estar presente numa Academia. Fazendo ou não parte de alguma coisa, a concretude do pensamento depende do abstrato que você é. Jesus Cristo convivia com prostitutas e vagabundos. Se você é aluno, professor, pouco importa. Importa, neste caso, a RADICALIDADE do pensamento. Por mais indesejado que seja, se não falasse essas coisas, o registro seria apenas ligado como a pia que se torce de manhã para escovar os dentes.
ResponderExcluirCorreção: como a torneira da pia que se torce de manhã para escovar os dentes.
ResponderExcluirNesse sentido, posso estar cursando ou lecionando numa Academia, ouvir os dizeres acadêmicos, etc., etc., mas, abstratamente, posso ser como o Anderson Silva, um lutador, ou um tigre, devir-animal. Diferentemente, alguém pode lecionar ou estar cursando uma Academia e seguir os moldes acadêmicos. O lugar pouco importa e o disfarce só importa quando funciona, quando se consegue enganar; porém, o disfarce nunca tampona o que você é, e sim a capacidade de ser descoberto ou não. O que você é, devir, isso sim, verdadeiramente, é o que importa.
ResponderExcluirEntão, para que não se pense sob uma ótica baixa, no dia do seminário, PISEM LÁ COM FIRMEZA. Lá não vai ter Deleuze, Guattari, Foucault, Nietzsche, Spinoza, Fulano, Beltrano, Sicrano. Façam acontecer o processo de Kafka, ainda que da ferida saia pus. É melhor do que escondê-la.
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