LIMITE
A loucura é o
limite-absoluto da psiquiatria. A partir do século XIX passa a ser a esquizofrenia. É uma entidade clínica multifacetada e com expressões afetivas no mínimo
assombrosas. Além disso, ninguém sabe ao certo o que sente (ou sofre) um esquizofrênico. Seus afetos não se traduzem num sentimento único de estar doente. Para responder a essa “ignorância” clínica, os aparelhos de captura lançam
mão da
“necessidade de exclusão” como axioma. “Não sei o que ele
sente, daí nada posso fazer senão excluir”. Não só a
exclusão pela via do hospital, mas a exclusão-sem-muros, a exclusão incluida em manuais técnicos, e praticada como clínica do cérebro. Falamos de um
modelo abstrato que governa a psiquiatra e suas práticas sem que o psiquiatria disso saiba. Ele também é um produto...
(...)
A.M. in Trair a psiquiatria
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