O FIM E O FIM DO DIAGNÓSTICO PSIQUIÁTRICO - II
O fim do diagnóstico psiquiátrico, desde o século da sua criação, o XIX, era o de disciplinar o paciente. No entanto, hoje, com a conquista acadêmica de uma pseudo-cientificidade absoluta, a psiquiatria já não precisa do diagnóstico, pelo menos na psicopatologia clínica, no encontro com o paciente. Estamos assistindo, pois, a extinção dos saberes psicopatológicos, na medida em que eles "dificultam"uma avaliação asséptica das condutas ditas patológicas. Neste sentido, o diagnóstico tornou-se uma espécie de arcaísmo cadastrado na CID ou no DSM como enunciado-verdade acerca das condutas humanas. Este é também o fim do diagnóstico como pesquisa epistemológica dos transtornos mentais. Nada mais a conhecer. Tudo está dado. Para além da disciplina, uma tecnologia de controle das almas enfermas funciona a céu aberto.
A.M.
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