quinta-feira, 9 de junho de 2016

A MEDICINA CURA? (III)

A Medicina é uma profissão antiga e respeitada por todos. No entanto, uma atualização histórica sob a égide perversa do capitalismo, fez e faz dos seus ideais humanitários meros disfarces para a voracidade do lucro e a construção de organismos físico-químicos regidos pelos biopoderes industriais. O ideário médico-profissional clamando pela saúde é Idealista, e, portanto, desconectado às reais necessidades das populações. Na prática, isso se materializa como inversão de uma ética: a da Vida. O empreendimento de produzir mais e mais doenças e o consumo de doentes (mercadorias humanas, essência das relações do capital) alimentam o positivismo tecno-científico, doutrina dos interesses inconfessáveis do capitalismo mundial integrado. Saúde, pois, não é medicina. Esta é que deriva daquela (boa moradia, boa alimentação, boa educação, salários dignos, etc) instituída como serviços voltados às doenças da vulnerabilidade humana. Assim, ela se retira (ou deveria se retirar...) do império das verdades e dos poderes que lhe são correlatos e se afirmar tão só como prática social, importante, claro, mas como tantas ... Cai a arrogância... 

A.M.

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