WAGNER, NÃO O MÚSICO, É INOCENTE
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o envio de um pedido de abertura de inquérito para investigar o ex-chefe da Casa Civil Jaques Wagner para análise do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
O pedido de investigação apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou ao Supremo por meio de um processo oculto – o mais alto grau de sigilo das ações que tramitam na corte – e, até então, não era conhecido.
Relator da Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki, considerou, ao analisar o pedido da PGR, que o caso não estava diretamente relacionado ao esquema de corrupção que agia na Petrobras. Por este motivo, a soliticação do Ministério Público foi sorteado para um novo ministro e acabou no gabinete de Celso de Mello.
O despacho do novo relator afirma que Janot pediu a abertura de inquérito "em razão de fatos possivelmente ilícitos relacionados a Jaques Wagner". Na ocasião em que foi solicitada a investigação, o petista ainda possuia foro privilegiado como ministro de Estado.
A decisão de Celso de Mello, entretanto, não detalha quais suspeitas pesam sobre Jaques Wagner, apenas afirma que o pedido tinha relação com a Lava Jato.
Jaques Wagner foi citado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O delator afirmou nos depoimentos que o ex-chefe da Casa Civil recebeu, em 2006, ano em que concorreu pela primeira vez ao governo da Bahia, recursos desviados da Petrobras.
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Mariana Oliveira,da TV Globo, em Brasília, 09/06/2016, 13:43 hs
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