O NAZI-FASCISMO VIVE
Charlottesville (45.000 habitantes, Estado da Virgínia) disparou a tensão nesta cidade sulista dos Estados Unidos, provocando enfrentamentos com contramanifestantes, nos quais várias pessoas ficaram feridas e houve um número indeterminado de detidos. A prefeitura tinha declarado o ato ilegal antes de seu início. O governo estadual ativou o estado de emergência e deslocou um forte contingente de unidades antidistúrbios.
Sob o lema Unir a direita, centenas de membros da ultradireita racista norte-americana se reuniram para protestar contra o plano de retirada de uma estátua em homenagem a Robert E. Lee (1807-1870), general do Exército Confederado durante a Guerra Civil Americana, que os extremistas de direita reivindicam como um símbolo histórico do poder branco sulista, e que lutou sem êxito contra os Estados do Norte para manter o sistema de escravidão dos negros. O grupo antirracista Southern Poverty Law Center denunciou que o ato representa “o maior encontro de ódio em décadas”. Os radicais racistas, incluindo elementos do velho grupo de extrema direita Ku Klux Klan, portavam bandeiras confederadas, entoavam slogans nazistas e se armaram de capacetes, escudos e cassetetes. Acredita-se até que tenham utilizado gás pimenta e lacrimogêneo contra seus oponentes. Antes do meio-dia já se havia desencadeado a situação de violência, concentrada no campus da Universidade da Virgínia. Entre os contramanifestantes se destacava o agrupamento antirracista Black Lives Matter (as vidas dos negros importam). Os protestos eram de uma violência desenfreada.
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Pablo de Llano, El País, Miami, 12/08, 16:54 hs
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