sábado, 9 de fevereiro de 2019

NOSSO ADMIRÁVEL MUNDO

(...) (...)
No universo de Orwell, a população é controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. “Orwell temia que nossa ruína seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos”, escreve Postman. Só precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o público sabe a diferença entre discurso sério e entretenimento. “Quão maravilhados ficariam todos os reis, czares, führers do passado (e comissários do presente) em saber que a censura não é uma necessidade quando todo o discurso político assume a forma de diversão.” O alvo de Postman, em seu tempo, era a televisão, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relação reflexiva e racional da palavra impressa. O computador só engatinhava, e Postman mal poderia prever como celulares, tablets e redes sociais se tornariam – bem mais que a TV – o soma (*) contemporâneo. Mas suas palavras foram prescientes: “O que afligia a população em Admirável mundo novo não é que estivessem rindo em vez de pensar, mas que não sabiam do que estavam rindo, nem que tinham parado de pensar”.

Helio Gurovitz, Época, 12/02/2017, 10:19 hs

(*) Psicotrópico do universo de Huxley (Nota do Blog)

Um comentário:

  1. " (...) Mas suas palavras foram prescientes: “O que afligia a população em Admirável mundo novo não é que estivessem rindo em vez de pensar, mas que não sabiam do que estavam rindo, nem que tinham parado de pensar”."

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    Em 9 de fevereiro de 2019, assisti a ñ sei se posso chamar duma peça teatral, deixando aqui, que fui mais uma vez vítima...
    Em nada me convenceram...!
    Foi uma peça vulgar, péssima, de última categoria...
    Ñ sei pq chamam de "cachorros" aos homens "descarados", e, de "cachorras" as mulheres "levianas"...
    No meu entender, homens e mulheres, cachorros/cachorras, respectivamente, são sim os ñ somente fiéis, e, sim são aqueles que além disso, lambem, adulam, ooooh! sofrem horrores pelos "seus donos", pelos "seus proprietários", enfim, HUMANOS CACHORROS, são na verdade os que são escravos, piores ainda são os que extrapolam como serviçais, penso assim!
    --- Voltando pra peça vulgar, péssima, de última categoria: ---
    Vi nessa peça, se é que posso chamá-la duma peça..., homens cachorros, digo homens escravos, dos piores, que extrapolaram como serviçais, lambendo, adulando, babando-se todo, tudo isso pelo prazer de estar ali com os "seus proprietários"...
    Ah! mas os idiotas, os proprietários, os presenciais, e os ñ presenciais, mas marcando ali a sua presença sórdida, ooooh! todos eles pensam que me convenceram...

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