sábado, 24 de agosto de 2019

LINHAS DA DIFERENÇA EM PSICOPATOLOGIA

A clínica das psicoses não é propriedade da psiquiatria.Ou, pelo menos, não deveria sê-lo. Neste sentido, talvez seja possível deslocar a questão. De início, não perguntar o que são as psicoses, mas como trabalhar com elas? Trata-se de inventar um método. Desafio que se apresenta como clínica do trágico: o desconhecido, o irreversível, o caos e o acaso. Desejar, amar, viver, morrer, etc: o infinitivo dos verbos compõe a ação. Faça alguma coisa! Onde a psiquiatria diz páre que aqui só o remédio dá jeito, pensar em dar um jeito no remédio como elemento às vezes dispensável (ou nocivo) ao processo terapêutico. A psicofarmacoterapia não é, pois, A clínica, mas apenas um componente ao qual se dobram (sob as condições da forma-hospício) os procedimentos tidos como coadjuvantes do tratamento. Mas é possível se pensar como rizoma(*). Ou seja, não uma só clínica  ( um centro) mas "n" clínicas descentradas. Psicoses singulares, linhas da diferença.

A.M.


(*) ver  vídeo acima.

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