POLÍTICAS
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Todos se unem quando se trata de barrar a loucura. Mesmo os mais bem intencionados, os cultos, os do bem, os da academia; toda a tralha conscienciosa embuida dos princípios do cristianismo. Esta é a condição. A máquina psi avança naturalmente nas organizações do capital. Ninguém diz nada. O silêncio se avulta de cinismos sofisticados. Ele conhece as linhas ocultas do sistema monstruoso. O horror econômico perde para o ético. O palavrão (ético) converteu-se em mercadoria santa. Por toda a parte o Estado regurgita matérias não comestíveis. A máquina psi recebe comensais de luxo para o banquete das auroras perdidas. Alguém passa mal. Quem? Levem-no ao laboratório das almas pet. Laudo médico: encontram-se imagens do infeliz vegetando entre florestas que nunca existiram. Não aproveitou o banquete, não riu das criaturas da noite. Foi excluído. Então, como fazer para não viver morrendo entre os escombros autorizados por decretos estatais? Militamos por uma ideia de múltiplas vidas se ligando em direção ao sentido dos paradoxos. Deleuze é um intercessor que serve de linha do destino, perigosa e rápida, enquanto a polícia do Estado e a do Mercado batem à porta. Urge a camuflagem do cotidiano como porta aberta para o infinito. Castañeda, Miller, Prigogine, Guattari, Artaud, Nelson Rodrigues, Klossowski, Lovecraft, Poe, Millor, Foucault e muitos outros, aceleram o processo, produzem a produção, escarnecem o antigo. Tentam criar auroras ensolaradas. Mas no Brasil a máquina psi, como sede da corregedoria do real, breca a saída da porta do infinito. Tornar-se concreto e veloz em práticas políticas cruéis é uma possibilidade.O virtual existe. Marx resiste. Bakunin é um aliado esquizo. A poesia poetiza. Sem tempo, o tempo se angula, se flexiona, se dobra, se faz, se produz. Uma alegria (gratuita) se espraia.
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A.M.
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