CONCEITO DE FASCISMO
Numa democracia representativa é possível haver um extenso leque de opções político-ideológicas. Da extrema direita à extrema esquerda... muitos são os matizes... condição institucional para o jogo democrático. Isso é "normal" na democracia. No entanto, existe o fascismo e isso não é o normal do jogo. Não é, não segue as regras.Mas, afinal, do que se trata? Ninguém mais do que Félix Guattari furou o nervo da questão. Por isso ele fala de "microfascismos". Assim, a pesquisa sobre o tema incide na detecção de linhas fascistas funcionando na subjetividade. Mesmo a mais bondosa, diga-se. O fascismo é algo interior que vem do exterior. Mas é preciso saber o que são tais "linhas". Veremos: são linhas existenciais prenhes de afeto (sentimento, desejo) que seguem um processo voltado ao fim último onde apoiar as crenças e os valores: um líder, uma doutrina, uma teoria, uma religião, qualquer coisa. O que importa é que tal coisa transcendente funcione como único e inquestionável sentido da existência. Com Mussolini era assim. Com Hitler era assim. Com Stalin era assim.O que os diferencia são os vários contextos sócio-históricos. O que os aproxima é o apego à morte como grito de guerra, morte ao Outro, morte à diferença, morte à singularidade, modelo de vida: a tristeza. Isso é o fascismo, este é o fascismo que nós brasileiros, vivemos agora. Enterrados na cova dos trapaceiros da esquerda, nos restou o fascismo da direita como Salvação idiotizante.O covid adora cortar a respiração.
A.M.
Numa democracia representativa é possível haver um extenso leque de opções político-ideológicas. Da extrema direita à extrema esquerda... muitos são os matizes... condição institucional para o jogo democrático. Isso é "normal" na democracia. No entanto, existe o fascismo e isso não é o normal do jogo. Não é, não segue as regras.Mas, afinal, do que se trata? Ninguém mais do que Félix Guattari furou o nervo da questão. Por isso ele fala de "microfascismos". Assim, a pesquisa sobre o tema incide na detecção de linhas fascistas funcionando na subjetividade. Mesmo a mais bondosa, diga-se. O fascismo é algo interior que vem do exterior. Mas é preciso saber o que são tais "linhas". Veremos: são linhas existenciais prenhes de afeto (sentimento, desejo) que seguem um processo voltado ao fim último onde apoiar as crenças e os valores: um líder, uma doutrina, uma teoria, uma religião, qualquer coisa. O que importa é que tal coisa transcendente funcione como único e inquestionável sentido da existência. Com Mussolini era assim. Com Hitler era assim. Com Stalin era assim.O que os diferencia são os vários contextos sócio-históricos. O que os aproxima é o apego à morte como grito de guerra, morte ao Outro, morte à diferença, morte à singularidade, modelo de vida: a tristeza. Isso é o fascismo, este é o fascismo que nós brasileiros, vivemos agora. Enterrados na cova dos trapaceiros da esquerda, nos restou o fascismo da direita como Salvação idiotizante.O covid adora cortar a respiração.
A.M.
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