A RELIGIÃO E SEUS MALES
Quando alguém é religioso (não importa de qual religião) e vocifera contra os incrédulos, os sem fé, os não religiosos, até chamando-os de ímpios, esse fato é um caso que serve de exemplo e ilustração para uma velha tese freudiana. Diz-se, pois, que os fanáticos religiosos (tendo como matriz subjetiva a religiosidade) professam um ateísmo oculto. Eles não acreditam! Vacilam (sem perceber, claro...) sobre a sua própria fé e o sentido que ela lhes empresta. E lhes move. Por tal motivo, necessitam ofender o ateu, o agnóstico, e mais amplamente, todos os que dispensam a transcendência, o além-mundo como explicação da vida. Deste modo, a fé inabalável dos religiosos mantém-se à salvo dos grandes enigmas da condição humana, metafísica e cósmica que nos constitui. Nada mais se discute, nada mais se ouve, nada mais se diz, nada mais se cria, nada mais se pensa, senão o uso totalitário de dogmas embolorados e pseudo-imobilizadores do movimento da História.
A.M.
Concordo. Mas você não acha que o contrário também bem que pode acontecer?
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