O NOVO ANTIGO
A "forma-universidade" surgiu na Idade Média, mais precisamente em 1.150 na Itália (Bolonha). Apesar de muito antiga, ela conserva hoje linhas socio-institucionais que se adaptaram muito bem à sociedade industrial capitalística. Ou, mais que isso, a servem com peças subjetivamente objetivas do capital (produção-registro-consumo). É que o "pensamento", cujo suposto lugar seria o da própria universidade, tornou-se imagem do mundo e não o próprio mundo. Trata-se da fabricação em série de um universo, o universo da representação: a identidade no conceito, a oposição na determinação do conceito, a analogia no juízo, a semelhança no objeto (cf. Deleuze in Diferença e Repetição, 1968). Na prática, que é o que interessa ao viver, há um aquietamento intelectual dos devires sociais em prol da política dos grandes números, a política do Estado, atual modelo de realização semiótica do socius. Assim, uma subjetividade acadêmica constitui os que fazem da Academia uma extensa e autoritária linha conformista disfaçada de progresso do conhecimento. Qual? Para que?
A.M.
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