sábado, 17 de dezembro de 2016

NOVOS MUNDOS

A subjetividade moderna é atravessada e determinada pelos mil fluxos eletrônicos que chegam de fora. Dizer "eu sinto", "eu penso", "eu percebo", etc, são funções subjetivas não atreladas ao nível da consciência ou intencionalidade da mesma. Este dado constitutivo do real atual atesta o momento histórico de aniquilamento do sentido da existência. Olhe para todos os lados, todos os cantos, todas as terras, todos os países e constate a dissolução profunda de valores e crenças. No entanto, ao invés de apelar para a salvação religiosa (mesmo a ciência tornou-se uma religião...), por que não considerar que a experiência de erosão do sentido da existência pode ser o desejo do novo?  Por que não criar novos modos de viver? Por que não?

A.M.

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