OS PREFEITOS SUMIRAM
Às vésperas da posse dos prefeitos eleitos, municípios da Baixada Fluminense enfrentam crises profundas. Apesar do cenário de caos, com serviços paralisados e salários atrasados, os prefeitos dessas cidades, prestes a deixar os cargos, não são encontrados para explicar a atual situação.
Sem salário há três meses e sem 13º, funcionárias da saúde de Itaguaí fizeram uma espécie de vigília na porta da prefeitura na quarta-feira (28), em busca de uma explicação para o atraso nos pagamentos, mas não encontraram o prefeito Weslei Pereira (PSB). Elas contaram que há colegas em dificuldades, ameaçados de despejo e sem dinheiro até para comprar comida.
Em Belford Roxo, a equipe do Bom Dia Rio encontrou funcionários, que não recebem salários há três meses, trabalhando na sede da prefeitura. Todos disseram a mesma coisa: há muito tempo o mandatário da cidade, Denis Dautman (PC do B), não é visto por lá. "Mais de 3 meses".
Em Mesquita, onde os salários estão atrasados desde outubro e a coleta de lixo está paralisada, servidores do município dizem que o prefeito Gelsinho Guerreiro (PRB) desapareceu logo depois de ser derrotado nas últimas eleições, no início de outubro. O político também não é encontrado em sua casa, no município vizinho de Nova Iguaçu.
A Prefeitura de Itaguaí disse que pagou 76% da folha salarial de novembro e que pretende quitar o restante até sexta-feira (30). Ainda segundo a prefeitura, todos os serviços estão funcionando normalmente. Já as prefeituras de Belford Roxo e Mesquita não se manifestaram sobre os problemas.
Por G1 Rio, 29/12/2016, 07:49 hs
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