sexta-feira, 24 de março de 2017

DE QUATRO

As revelações feitas por Marcelo Odebrecht à força-tarefa da Lava Jato, repetidas em depoimento à Justiça Eleitoral, retiraram de Dilma Rousseff o último patrimônio político que ela imaginava ostentar: a presunção de superioridade moral. Ela já havia perdido a pureza ideológica ao encabeçar coligações eleitorais que incluíam do arcaico ao medieval. Perdera a aura de gerentona e a poltrona de presidente da República após reduzir a economia nacional a escombros. Agora, é submetida a um ritual de emporcalhamento que aniquila o que lhe restava de individualidade, integrando-a à baixeza geral. Foi para o beleléu a diferença heroica.

Em síntese, o príncipe das empreiteiras contou: 1) Dilma sabia que João Santana, seu marqueteiro, era remunerado pela Odebrecht no caixa dois. 2) Madame sabia também que Antonio ‘Italiano’ Palocci e Guido 'Pós-Italiano' Mantega faziam dupla jornada como ministros e coletores de fundos para suas campanhas presidenciais. 3) Reeleita, a soberana foi informada pelo próprio empreiteiro de que as contas abertas no estrangeiro para pagar o marketing do seu comitê estavam ao alcance dos investigadores da Lava Jato.
(...)

Do blog do Josias de Souza,24/03/2017, 05:47 hs

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