No lugar da árvore, o corpo.
Somos arbustos nus,
nós os dois aqui. deitados.
Os dedos a viverem ao contrário dentro da mão
(nós aqui somos arbustos invejados)
Pernas a ganharem força
braços deformados à laia de tronco de corpo
(nós a sermos folha, nós a sermos casca onde
pequenos bichos constróem o seu lar)
Nós, os bonitos arbustos
viemos os dois
da vagina da mesma árvore.
Inês Leitão
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