terça-feira, 16 de janeiro de 2018

DESENCONTRO VIRTUAL

Sem dúvida, a solidão será o grande negócio do século XXI. Há alguns meses lia uma reportagem em uma revista norte-americana que dizia que nos EUA já há pessoas que, por dinheiro, passeiam com outras do mesmo modo que levam os cachorros de outras para dar uma volta, as que não têm tempo para fazer isso. Nesse caso, os clientes pagam para ter uma pessoa com quem conversar por algum tempo, realizar alguma atividade ou tomar um café.

Mas se as relações pessoais estão complicadas na era das comunicações, as amorosas estão ainda mais. As redes sociais que prometiam conectar as pessoas acabaram por isolá-las, e os sites de encontros que se vislumbravam como eficientes e rápidos arranjadores virtuais de um par transformaram o divertido flerte em uma tarefa mais típica de agência. Registrar-se, preencher formulários, responder a e-mails e passar horas e horas diante de uma tela antes de chegar ao difícil, e já pouco comum, exercício do cara a cara e traduzir o relacionamento digital para o mundo real. Algo que costuma desapontar.
(...)

Rita Abundancia, El País, 16/01/2018, 21:33 hs

Um comentário:

  1. Ooooh!

    como fazer?

    peeeenso!, que temos que procurar outras saídas!

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