A música fala pelos que ficam.
Nenhuma distância é possível
Entre a nítida presença de um corpo
E sua despedida repentina.
Para aquele que viaja em busca do futuro
Eu canto com a impureza do amor
Que me esgota e também me extasia,
Que me leva a produzir o tédio
Com os meus dedos engordurados de vida.
A violência do ódio primitivo canta comigo
E são estas trevas que me acompanham
À dimensão de um tempo sem destino
Em que nada se perde porque nada existe.
-Mariana Ianelli,
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