Tumultuo a página vazia com meus traços aflitos, sem
direção. Acredito no som que me amanhece todos os dias
mas não sei como dar asas a estas abelhas que crio embaixo
da mesa. Acredito serem concretos estes números todos,
estas letras e as vozes ao telefone. Preciso acreditar na
existência do mundo, nas ondas que circulam minha casa.
Preciso acreditar na minha casa,
ou o risco se torna maior.
Annita Costa Malufe,
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