O FIM E O FIM DO DIAGNÓSTICO
PSIQUIÁTRICO
VII
O declínio do diagnóstico
psiquiátrico refere-se à sua função
terapêutica, e não à sua função de
controle. Na prática da diferença, de
nada adianta enunciá-lo se o desejo não for o de encontrar o paciente, e assim, poder ajudá-lo. A
psiquiatria oficial não quer isso, não funciona assim, ela é a psiquiatria do
Mercado, portanto, comércio de almas aflitas. Trabalhamos com grandes síndromes
(coleção de sinais e sintomas - as síndromes depressivas, por ex.) mas sempre
na perspectiva do Encontro, enquanto a técnica vem depois... Um olhar ético-estético e político estabelece as linhas do Encontro.
Assim, a crítica ao diagnóstico psiquiátrico não
é algo dito e assumido fora da prática psicopatológica. Ao contrário, brota
de dentro da relação com o paciente, de dentro do real atualizado em signos
dispersos e intrigantes. Que é isso? O que se passa?O que se passou? Uma perplexidade se
instala como paradoxo. Existe hoje quase extinção do
diagnóstico porque explodem por toda parte mil
diagnósticos. Eles se equivalem
como função de controle homogeneizante para milhões de bipolares, psicóticos, borderlines..
A.M
P.S. - Texto revisado e republicado.
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