Devir é tornar-se outro. É a passagem, o processo, a linha entre dois pontos. Ora, o que vale na experiência de atender alguém? Devir é criar. Sim, dá trabalho. Pode ser a coisa mais insignificante do mundo. Mas se essa coisa é pura mutação, ela traz o gosto do movimento .Na clínica da diferença, a atitude primeira é tornar-se o paciente sem sê-lo. Desfazer o próprio rosto, esquecer a história pessoal, desligar o diálogo interno, rasgar os clichês perceptivos, nivelar as hierarquias. Busque um encontro que fabrique linhas de potência. E só. Isso segue na contramão do exame de mentes cerebralizadas em formol. Não poderia ser diferente, eu sei. The wall existe.
Antonio Moura
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