Fugir não é renunciar às ações, nada mais ativo que uma fuga. É o contrário do imaginário. É também fazer fugir, não necessariamente os outros, mas fazer alguma coisa fugir, fazer um sistema vazar como se fura um cano. George Jackson escreve de sua prisão. "É possível que eu fuja, mas ao longo de minha fuga, procuro uma arma". E Lawrence ainda: "Digo que a velhas armas apodrecem, façam novas armas e atirem no alvo". Fugir é traçar uma linha, linhas, toda uma cartografia. Só se descobrem mundos através de uma longa fuga quebrada.
G. Deleuze - Diálogos
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