A 8ª sessão fortaleceu as relações intra-grupais. Ausente um componente do grupo (justificado), trabalhamos no plano das escolhas sociométricas, observando as identificações em torno do papel-mulher. O problema chamado de " baixa auto-estima" emergiu como "protagonista-tema", a partir do que a sessão girou nos relatos de situações existenciais complexas. A baixa estima despontou na vida atual de todas as pacientes. Busquei pontuar algumas linhas sociais que fabricam a vergonha, a despontencialização do "ser-mulher", a Forma estética-clichê da "mulher gostosa" e a desvalorização do desejo-produção feminino. Desnaturalizar a realidade. Tais pontuações eram realizadas no próprio fluxo das narrativas, visando torná-las úteis a um entendimento de si mesmas a partir de um fora (o coletivo) que não costuma surgir como tal e sim como vivência de um eu "franzino". Como diz o Guattari "Será que sou uma merda?". Lentamente o grupo vai se diferenciando como processo, agenciando forças de todos os tipos. Evito o enfoque na pessoa da paciente e enfatizo as forças afirmativas que constituem essa pessoa (e esse corpo) nas relações com o mundo. Me parece essencial evidenciar às pacientes que o tratamento farmacológico não vai resolver os problemas e sim cronificá-los. Isso não é dito de modo explícito, mas compõe os argumentos em torno da pergunta (implícita): "O que quero fazer da 'minha' vida"?
Nenhum comentário:
Postar um comentário