quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DESPERSONALIZAÇÃO

Escrevemos o Anti-Édipo  a dois. Como cada um de nós era vários, já era muita gente. Utilizamos tudo o que nos aproximava, o mais próximo e o mais distante. Distribuímos  hábeis pseudônimos para dissimular. Por que preservamos nossos nomes? Por hábito, absolutamente por hábito. Para passarmos despercebidos.Para tornar imperceptível, não a nós mesmos, mas o que nos faz agir, experimentar ou pensar.E, finalmente, porque é agradável falar como todo mundo e dizer o sol nasce, quando todo mundo sabe que essa é apenas uma maneira de falar.

Deleuze e Guattari - do livro Mil platôs - Introdução: Rizoma

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