Falar sobre política é operar a subjetividade dos tempos atuais. Na verdade, o conceito de política esvaziou-se em prol de modos de dominação imediatamente políticos. Daí, a política só se torna possível no meio onde isso se passa: o capital. Ele é um operador semiótico; produz um universo de sentido abstrato, mas concretizado em subjetividades individualizadas, "egoicizadas". O resultado é a vivência de um eu fascinado pelo capitalismo aparentemente vencedor, capitalismo sem opositores, e a impressão de que nada há e nada haverá fora do capital. O capital como causa de si mesmo.
A. Moura - Linhas da diferença em psicopatologia
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