É sempre fugindo às posições dominantes - na linguagem, no social, no desejo - que a obra se faz. O contrário de um autor, porque é preciso mesmo desaparecer de um certo modo. É na aliança com outras coisas e outras lutas que a obra dura, ressoa, contagia, provoca uma mutação subjetiva- encontra outras minorias (e já se percebe que não é uma minoria numérica) ao produzir ela mesma uma minoria ao fazer-se. Uma minoria não vem já feita, "ela se constitui sobre as linhas de fuga".
Janice Caiafa - Nosso século XXI - Notas sobre Arte, Técnica e Poderes
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