segunda-feira, 15 de agosto de 2011

MUNDOS ESTRANHOS

Na penumbra suave do fim da tarde, entrei pela primeira vez no túmulo da colina abandonada. Estava envolto num halo mágico e meu coração batia exultante, de uma forma que eu poderia descrever como doentia. Quando fechei a porta atrás de mim e comecei a descer os degraus molhados, iluminados pela luz da minha vela solitária, tive a impressão de já conhecer o caminho; e embora a vela crepitasse com o vapor abafado do lugar, sentia-me estranhamente em casa naquele ambiente que cheirava a mofo e ossos.

H. P. Lovecraft -  trecho do conto O túmulo

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