PENSAR É PENSAR
O que
se costuma chamar de “pensamento”
são atividades cognitivas marcadas pelo uso representativo do conceito. A representação ( identidade,
consciência, eu, etc) é
pura Conserva. A psiquiatria funciona segundo eixos representativos evidentes. Tomemos como exemplo o de“especialidade médica”. Ele neutraliza
investidas críticas. Em tempos de
especialismos, o suposto saber representa. O sonho
da representação é estancar os devires.Delirar é um processo cujo combustível é
o desejo-produção. Ele explode
os esquemas físico-químicos (que
remédio prescrever?), familiaristas (quem é o culpado?), dilemas da consciência (ser ou não ser?) ou
as vicissitudes do eu(
quem sou?). Assim, o pensamento como cognição é muito pobre para se fazer chegar à subjetividade dita patológica. No entanto, a psiquiatria atual se serve dele numa Axiomática conectada ao modo de produção capitalista. É
uma aliança embutida na fraseologia
do especialismo. Desaparecem as possibilidades de pensar diferente porque o pensamento está dado
como cognição redundante do real. A psiquiatria não mais
se pergunta o que é o real, de
que real
se trata. Gigantesco narcisismo, ela é o próprio real.
(...)
A.M.
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