quinta-feira, 4 de outubro de 2012

PENSAR É PENSAR

O que  se costuma chamar de “pensamento”  são atividades cognitivas marcadas pelo uso representativo do conceito. A representação ( identidade, consciência,  eu, etc)  é pura  Conserva. A psiquiatria funciona segundo eixos  representativos  evidentes. Tomemos como exemplo o de“especialidade médica”. Ele neutraliza investidas críticas. Em tempos de especialismos, o suposto  saber  representaO sonho da representação é estancar os  devires.Delirar é um processo cujo combustível é  o desejo-produção.  Ele  explode  os esquemas físico-químicos (que  remédio prescrever?), familiaristas (quem é o culpado?),  dilemas da consciência (ser ou não ser?) ou as  vicissitudes  do  eu( quem sou?). Assim, o pensamento como cognição é muito pobre para se  fazer  chegar à subjetividade dita  patológica. No entanto, a psiquiatria  atual se serve dele  numa Axiomática  conectada ao modo de produção capitalista. É uma  aliança embutida na  fraseologia  do especialismo. Desaparecem as possibilidades de pensar diferente porque o pensamento está  dado  como cognição redundante  do  real. A psiquiatria  não mais  se pergunta o que é  o real, de que  real  se  trata. Gigantesco narcisismo, ela é o próprio real.
(...)
A.M.

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