segunda-feira, 1 de outubro de 2012

SERVIDÃO GRUPAL

Existe a realidade dos grupos submetidos. Ela é relevante...  Pode ser  ao eu  do líder, ao nome  da família, à imagem do rei, às palavras  do mestre, a certa filosofia, às coerções de uma  organização, à competitividade, à  palavra da mídia, à  ciência,  ao consumo automático, à  arte,  à  revolução, a Deus, ao partido, etc. A lista é praticamente infinita.O que esses dados  heterogêneos tem  em comum é a função de conduzir   o grupo  em direção a objetivos  fora  dele. Ou seja, o grupo  só existiria  a partir de algo que  o ultrapassa  como vivência  concreta de  si. Ele ergue uma crença no Imaginário. Este habita o grupo, fabrica  uma  natureza que o “autoriza” a assumir  uma “essência”. Irão aí medrar as  futuras  burocracias e os  micro-fascismos, por  onde  a instituição-Grupo  forma um   refúgio bem sucedido   das forças coletivas da história, do  tempo e do caos. “Você não  é dos  nossos”, “morte  ao estrangeiro”, “só entra aqui sendo...” são palavras  de ordem que  passam a ressoar como formações inconscientes.  
(...)
A.M. - do texto Grupo e caos in Revista Veneta, n° 1.

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