segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A CIÊNCIA DA ALMA

(...) (...) Na clínica psiquiátrica, pressupostos teóricos para o ato de “passar remédios”  desvalorizam a escuta do paciente em prol da observação e cadastramento dos sintomas. Daí, a busca pela extinção (do sintoma) constituir a própria essência da prescrição farmacológica. É um dado propedêutico lastreado ao longo da história da psiquiatria. Antes de tudo, a “ordem” é controlar as condutas, torná-las socialmente aceitas. Isso se produz (em tempos do capital) como código implícito da psiquiatria biológica. Compõe o seu inconsciente histórico-institucional. Podemos resumir dizendo que se é “inconsciente” não pode ser percebido pelos atores, os psiquiatras. Não há culpa, pois. Tudo se naturaliza...como violência delicada.

A.M.

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