quinta-feira, 22 de novembro de 2012

TRANSTORNOS DA REFORMA PSIQUIÁTRICA

A reforma psiquiátrica encontra-se travada. Entre as causas, pelo menos  duas. 1ª)  Falta de vontade política dos poderes públicos; 2ª) Psiquiatrização  das  equipes  técnicas.  É claro que  estes dois ítens, principalmente o primeiro, estão condicionados aos fatores e problemas  singulares de  cada cidade ou região do país. No segundo caso, contra a  “psiquiatrização” ergueu-se uma oposição: a luta anti-manicomial; isso gerou uma espécie de dualismo encardido: psiquiatras versus não-psiquiatras. E o paciente? A coisa permanece ao nível do eu e da consciência. Vaidades se erguem. Pergunto: onde está a loucura? Qual a concepção e a relação destes dois segmentos com a loucura? Percebe-se ressentimentos crônicos assombrando corporações, e  - pior -  práticas clínicas anacrônicas. A reforma não avança. Poucos se afastam  do “euzinho”  privado. A neurose  permanece o muro do significante.
(...)
A.M. - (2010)

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