sexta-feira, 16 de novembro de 2012


Palestina bombardeia Jerusalém ao fim de 40 anos
Em 72 horas de ofensiva aérea israelita, os palestinianos mortos em Gaza são 28, entre eles 16 civis, oito crianças e uma grávida

Por: Redacção / Miguel Cabral de Melo    |   2012-11-16 22:42

Ao fim de mais de 40 anos, um rocket lançado pelos palestinianos atingiu Jerusalém.

Apesar da cúpula de ferro (sistema de defesa anti-míssil), Israel não consegue evitar ser atingido pelos rockets disparados da faixa de Gaza.

E são projéteis mais sofisticados do que antes, capazes de chegar mais longe. Pelo segundo dia consecutivo, chegaram a Telavive. E, pela primeira vez desde 1970, um rocket palestiniano caiu na área de Jerusalém, a cidade que é reclamada como capital por ambos os lados.

A sexta-feira começou com a expetativa de uma acalmia. Israel anunciou um cessar-fogo de três horas enquanto durava a visita do primeiro-ministro egípcio, líder de um executivo saído da Irmandade Muçulmana, da qual o Hamas é um ramo, à faixa de Gaza. Mas o curto cessar-fogo, praticamente não existiu, com israelitas e palestinianos a acusarem-se mutuamente. O próprio Morsi repetiu a denúncia de agressão israelita.

Mas Cairo tem um acordo de paz com Israel há 33 anos e o novo poder prometeu não o rasgar.

Em 72 horas de ofensiva aérea israelita, os palestinianos mortos em Gaza são 28: 12 militantes e 16 civis, incluindo oito crianças e uma grávida. Do lado judaico, três civis mortos.

Israel já convocou 30 mil reservistas e mais de metade já estão a ser destacados. O executivo judaico decidiu, entretanto, convocar até 75 mil reservistas. São números que apontam no sentido de uma intervenção terrestre na faixa de Gaza. Ou, no mínimo, será uma manobra e guerra psicológica.

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