domingo, 18 de novembro de 2012

NÃO-PENSAR

(...) (...)  Pacientes registrados, cadastrados, codificados, rotulados  sob o efeito de  formas sociais (instituições) como a família, a clínica, a escola, o trabalho, o direito, o estado, a polícia, o casamento, entre outras, estão enfiados em buracos negros onde o devir-pensamento  foi  relegado a uma atividade cognitiva  mínima, rasteira, como registram os manuais  psiquiátricos. Curso, forma, conteúdo, raciocínio, juízo, são categorias semiológicas usadas num exercício de mortificação do devir-pensamento. Elas compõem o mundo da representação. Tornar o pensamento visível e frear a sua velocidade infinita, isso sempre foi assunto  dos  psiquiatras e adquire na psiquiatria  atual  o requinte  das  tecnologias  de ponta.
(...)
A.M.

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