O CONTROLE DAS ALMAS
A máquina psi avança, devora e submete os que passam e os que não. Logro democrático. Há para todos. Até as múmias se excitam. La máquina produz o Vazio preenchido pelo desejo de ser. Ser alguém, quem não quis, quem não quer? Psicanalistas recitam o verbo da carne extinta. Exumam cadáveres gordos. Ora, não mais se trata de um regime paranóico de produção de subjetividades em série.Nem da morte. Outro estágio de dominação sorrateiramente se insinua no coração das mentes, sejam cultas como as da academia, sejam as dos estratos sociais “desfavorecidos”. La máquina não tem rosto. São todos os rostos amalgamados em séries perpétuas no melhor dos mundos. Amai a família e serás salvo. É o que lhes resta. Mas um bilhão de famintos do planeta Terra no olho da cobra assassina, assombra os mais apáticos, os mais cínicos, até a Memória encardida.
(...)
A.M.
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