sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O CONTROLE DAS ALMAS

A máquina psi  avança, devora e  submete os  que  passam e  os que  não.  Logro democrático.  Há  para  todos.  Até  as  múmias se excitam. La  máquina  produz o Vazio preenchido pelo desejo de ser. Ser  alguém, quem não quis, quem não quer?  Psicanalistas recitam o verbo da carne  extinta. Exumam  cadáveres  gordos. Ora,  não mais se trata de um regime  paranóico de produção de subjetividades em série.Nem da morte. Outro estágio de dominação sorrateiramente se insinua no coração das mentes, sejam cultas como as da academia, sejam as dos estratos sociais “desfavorecidos”. La máquina não tem rosto. São todos os rostos amalgamados em séries  perpétuas no melhor  dos mundos. Amai  a família e serás  salvo. É o que  lhes resta. Mas um bilhão de famintos do  planeta Terra  no olho da cobra assassina,  assombra  os mais apáticos,   os mais  cínicos, até a Memória  encardida.  
(...)
A.M.

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